18/02/10

Introdução

No mundo em que vivemos, em que os recursos naturais e o contacto com a natureza se esgotam e onde o percurso tecnológico e avanços científicos crescem sobre uma parábola cujo gráfico crescente tenta alcançar o infinito, é necessário estabelecer fortes bases que sustentem tudo o resto. Está-se aqui a falar da electricidade: a energia que faz girar o mundo. Como poderiam os mais precisos microscópios electrónicos do mundo, os melhores telemóveis e computadores, as mais modernas fábricas e os mais cómodos electrodomésticos e automóveis funcionar sem ela? Até há bem pouco tempo (e se calhar hoje ainda um pouco) o homem pensava que tinha como garantidos todos os mais básicos recursos de que necessitava: a água é esbanjada porque basta abrir a torneira para que flua indefinidamente, o lixo comum e resíduos tóxicos são despejados para qualquer lugar, pois a terra absorve tudo e os oceanos diluem-nos, a electricidade que alimenta todo o tipo de aparelhos que estão ligados o dia inteiro porque, aparentemente, nunca ficam saciados, é qualquer coisa que tem origem nos confins de uma parede lá de casa e brota como de uma nascente em cada adaptador para as tomadas.

Por ironia ou não, sendo a terra redonda, o ciclo da energia, da matéria mineral ou biológica e quem sabe a vida e a morte (que são as únicas coisas que existem verdadeiramente no mundo) são também predefinidos num círculo contínuo. A particularidade desta figura geométrica, que possui muitos sub e sub sub círculos, é que tudo está interligado e nada tem maior ou menor importância (todos os pontos distam o equivalente a um raio do centro) visto que tudo é essencial. Já dizia pois um famoso químico entendido na matéria: ‘nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma’. Dai que, não tendo a humanidade noção deste facto, talvez pelo espaço que dista da natureza, surgiu um termo que confere à espécie humana uma designação exacta, vista à luz das suas acções mais depravadas: besta-quadrada. A utilização desta nova forma geométrica tem como é óbvio as suas consequências. Analisando a situação, o simples facto de um quadrado não distar o mesmo valor de qualquer um dos pontos ao centro faz com que, consequentemente, não seja depositado o mesmo valor em todos. O resultado das acções desta espécie é conduzir todo o sistema terrestre a um desequilíbrio total. A poluição gerada para a obtenção da electricidade, que aumenta o aquecimento global, e o esgotar dos recursos usados para a sua obtenção tem-se tornado alvo de críticas e numerosos debates entre vários membros da sociedade.

Quantas marteladas serão necessárias investir nos quadrados para que os extremos amolguem devido ao impacto e este volte a parecer-se com uma bola? Quais as soluções, se se prevê que o consumo de energia vai aumentar ainda mais? As energias renováveis são limpas e inesgotáveis mas não chegam nem perto de satisfazer as necessidades do mundo. Porque não investir na energia nuclear, a única fonte que poderá, talvez, alcançar as expectativas?

 
Raquel Barras

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