Quando o pólo positivo de um íman se aproximam do pólo negativo de outro, estes tendem a exercer uma força de atracção que os acaba por juntar.
Quando um pólo positivo se aproxima de outro positivo ou quando um negativo se aproxima de outro negativo inverte-se a tendência: ambos exercem uma força de repulsão que os afasta.
Imagine-se agora um átomo de qualquer elemento químico: na periferia existem uma série de electrões com orbitas tridimensionais que circulam em redor do núcleo, que por sua vez é constituído por protões e neutrões muito próximos.
Os electrões, que se afastam devido às repulsões da sua carga eléctrica negativa, apenas se mantém unidos no átomo devido à força de atracção que os protões, de carga eléctrica positiva, os sujeitam. Estes conseguem escapar do átomo quando o mesmo é irradiado com energia que corresponda a um comprimento de onda suficientemente forte para vencer a força a que estão submetidos.
Devido às repulsões no núcleo, os protões necessitam de estar sujeitos a forças enormíssimas para que permaneçam juntos. Essa força é a Energia Nuclear propriamente dita, aquilo que torna possível a existência de um átomo. De outra forma, as partículas suas constituintes não davam origem à matéria como a conhecemos, dispersavam-se pelo universo numa sopa homogénea.
A técnica utilizada para captar a energia de núcleos atómicos consiste no bombardeamento do mesmo com protões acelerados, que causam instabilidade no núcleo e obrigam o átomo a dividir-se em dois, libertando assim vários outros protões e grandes quantidades de energia.
De notar que o elemento químico resultante não permanece igual ao inicial: uma vez que o átomo se divide, o número de protões, neutrões e electrões em cada um dos átomos resultantes qualificam o novo elemento.
Em centrais termonucleares, a energia resultante da reacção é usada para aquecer água que ao evaporar faz girar turbinas para a produção de energia eléctrica.
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Raquel Barras